Ações do Cruzeiro do Sul têm queda de mais de 40% após leilão

17/08/2012 07:59

 

Papéis ficaram em leilão na Bovespa até pouco após as 11h.
Negociações voltaram nesta quarta-feira após dois dias de suspensão.

 

 

As ações preferenciais do Cruzeiro do Sul despencavam 44,74%, cotadas em R$ 4,20, às 12h18 desta quarta-feira (6) na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Os papéis ficaram em leilão até pouco após as 11h.

A bolsa colocou as ações em leilão porque uma corretora colocou uma ordem de venda de 2.100 ações por R$ 2,15.

Com isso, a Bovespa foi obrigada a seguir a instrução 168 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que trata de procedimentos especiais, já que o potencial de queda dos papéis, em relação ao fechamento da última sexta-feira, a R$ 7,60, era de 72%.

O leilão visa equilibrar a oferta de compra e venda das ações, de forma a estabelecer um novo preço para as ações.

As ações do Banco Cruzeiro do Sul voltaram a ser negociadas neste pregão após dois dias de suspensão, quando o Banco Central anunciou intervenção na instituição, por meio do Regime de Administração Especial Temporária (Raet), pelo prazo de 180 dias.

Segundo o BC, o regime de intervenção foi decretado em decorrência do "descumprimento de normas aplicáveis ao sistema financeiro e da verificação de insubsistência em itens do ativo".

Venda do Cruzeiro do Sul
Segundo Antonio Carlos Bueno, diretor do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), entidade que assumiu a administração do banco após a determinação de intervenção pelo Banco Central, uma auditoria (Pricewaterhouse Coopers) foi contratada para avaliar as contas do Cruzeiro do Sul. O objetivo é ajustar as contas para vender a instituição para um comprador ou investidor.