Detentores de ações do Cruzeiro do Sul perdem R$ 91,7 milhões

14/09/2012 14:04

iG São Paulo | 

 - Atualizada às 

 

Com a liquidação, negociação dos papéis preferenciais da instituição na BM&FBovespa é suspensa, e ações passam a valer zero um dia depois de terem subido 24,5%

 

O banco Cruzeiro do Sul, liquidado nesta sexta-feira pelo Banco Central, tinha 36.829.923 ações preferenciais (CZRS4) em negociação na Bovespa, que passam a ter valor igual a zero. Ontem esses papéis fecharam cotados em R$ 2,40 na bolsa de valores brasileira, o que resulta em uma soma de R$ 91,7 milhões.

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Deste total, 38,73%, ou cerca de R$ 35,5 milhões, está nas mãos de acionistas com participação menor que 5% no total das ações do banco, segundo dados da BM&FBovespa atualizados em 28 de junho deste ano. Outros 3,69% estavam são ações em Tesouraria, enquanto Guilherme de Alvares Otero Fernandes é a única pessoa física com participação relevante, de 8,14% dos papéis preferenciais.

Ainda segundo a BM&FBovespa, o Caieiras Fundo de Investimento Multimercado detém 24,29% das ações preferenciais do Cruzeiro do Sul, enquanto a gestora de recursos Capital Research And Management Company tem 18,36% dos papéis e o Banco Modal, 6,79%.

Na última quinta-feira, véspera da decisão do futuro do Cruzeiro do Sul - que desde 4 de junho vinha sendo administrado pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), após a descoberta de problemas contábeis  na instituição pelo Banco Central -, as ações da companhia subiram 24,5%.

O banco também tinha 99.897.555 ações ordinárias (CZRS3), que eram totalmente detidas pela Cruzeiro do Sul Holding Financeira. Com isso quando consideradas as duas categorias de papel, a holding tinha 73,06% de participação acionária na companhia. 

Entenda como aconteceu a liquidação do banco Cruzeiro do Sul

Investidores podem tentar recuperar perdas

A negociação dos papéis preferenciais da companhia foi suspensa assim que foi decretada a liquidação da instituição, segundo a Bovespa. Agora, os acionistas da companhia podem tentar receber parte de seus recursos de volta durante o processo de liquidação do banco. Apesar de os investidores saberem que existe o risco de liquidação das empresas quando compram suas ações, aqueles que se sentirem lesados por qualquer motivo  podem recorrer à Justiça comum .