Giulia Camillo (gcamillo@brasileconomico.com.br)
06/08/12 21:05
Apesar disso, lucro da empresa caiu 20,6%, pressionado por despesas financeiras líquidas de R$ 1,2 milhão.
A Marcopolo reportou receita líquida consolidada de R$ 918,6 milhões no segundo trimestre deste ano, registrando um crescimento de 19,3% na comparação com o mesmo período de 2011, quando a receita somou R$ 770,2 milhões.
As receitas advindas do Brasil aumentaram apenas 1,3%, porém as de exportação e obtidas no exterior tiveram um crescimento bem mais expressivo, de 60,5%, somando R$ 375,5 milhões.
Segundo a companhia, essa elevação é "explicada pelo aumento de 9,7% no volume vendido, pelo faturamento de chassis no valor de R$ 44,7 milhões, pela consolidação da Volgren, na Austrália, no valor de R$ 88,5 milhões, e pela maior receita das exportações em função da variação cambial".
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) caiu 5,1%, passando de R$ 97,3 milhões para R$ 92,3 milhões.
O resultado foi pressionado pela piora no resultado financeiro líquido, que foi negativo em R$ 1,2 milhão contra os R$ 24,6 milhões positivos registrados em 2011.
"Este resultado é em grande parte explicado pelo menor volume de aplicações financeiras, com rendimento mais baixo em função da queda da taxa de juros, e das perdas com os hedges cambiais sobre as exportações em função da desvalorização do real frente ao dólar norte americano", afirmou a Marcopolo.
O lucro líquido também registrou queda (-20,6%) na base de comparação anual, somando R$ 60,6 milhões, contra R$ 76,3 milhões um ano antes.
Produção
A produção consolidada da Marcopolo aumentou 8,1% no segundo trimestre, somando 7.976 unidades. No Brasil, a produção caiu 5,7%, para 4.484 unidades, enquanto no exterior ela aumentou 33,1%, para 3.492 unidades.
A participação de mercado da Marcopolo no Brasil foi de 45,6% no segundo trimestre. No segmento de ônibus rodoviários, a fatia foi maior, de 61,3%.
Revisão das estimativas
A Marcopolo revisou as estimativas para este ano, prevendo investimentos de R$ 220 milhões, receita líquida de R$ 3,8 bilhões e produção de 32.500 ônibus.
Ao final do primeiro trimestre, a expectativa de receita era de R$ 3,6 bilhões.